Experiência do Colaborador, Saúde e Bem Estar
O burnout tem um impacto significativamente negativo na saúde dos colaboradores, na produtividade e na cultura da empresa. Para que os seus colaboradores e a sua organização sejam bem-sucedidos, é importante monitorizar de perto os possíveis fatores geradores de burnout. Existem sinais indiciadores de burnout que podem ser identificados através do estudo atento aos resultados do survey aos colaboradores e da análise de dados de RH.
Para entendermos como a experiência no ambiente de trabalho difere entre colaboradores em burnout e os que conseguem gerir bem o stress, fizemos um estudo que envolveu 1570 empresas, tem abrangido mais de 1,7 milhão de respostas. Neste estudo observou-se que os executivos têm 20% menos probabilidade de ter um burnout comparativamente os outros níveis hierárquicos. Facto que à primeira vista parece contraditório. Os CEO’s têm, muitas vezes, de tomar decisões de alto risco e com muito pressão, o que pode causar muito stress, não estariam eles mais vulneráveis ao burnout?
A explicação está na diferença das experiências no local de trabalho entre colaboradores e líderes. O que descobrimos é que os executivos usufruem de algo que colaboradores, chefias de primeira linha e chefias intermédias muitas vezes não têm. Os executivos têm a autoridade para decidir como usam o seu tempo e quando dizer "não", podem estabelecer os seus limites, e os limites são benéficos para a saúde. Um alto grau de controlo e autonomia sobre o seu trabalho são fatores que reduzem o risco de burnout.
É possível que não consiga eliminar todos os fatores geradores de burnout na sua organização. No entanto, existem medidas que podem ser implementadas para criar um ambiente de trabalho com baixo risco de burnout.
Como evitar o burnout dos colaboradores?
Permita maior flexibilidade e autonomia
Proporcionar aos colaboradores regimes de trabalho flexíveis, como a opção de trabalhar à distância ou de escolherem o horário de trabalho, para que possam ter um maior controlo sobre o seu trabalho e para que consigam um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Estudos demonstram que colaboradores com um nível mais elevado de influência e de controlo das tarefas apresentam níveis mais baixos de doença, de depressão e faltam menos vezes.
Evite a microgestão
Os colaboradores que sofrem de burnout têm 3 vezes mais probabilidade de se sentirem microgeridos. A liderança cai, por vezes, neste hábito tóxico por insegurança e ao medo. No entanto, existem ações para limitar a microgestão, isto mesmo quando a liderança necessita de alguma formação, através da contratação de colaboradores proativos, da promoção do empowerment e da responsabilização, do envolvimento dos colaboradores no processo de decisão, da expressão clara das expetativas e da partilha de lucros ou da propriedade do projeto.
Ajude os colaboradores a conhecer os seus limites
Num ambiente de trabalho, a autoestima é a descoberta do valor intrínseco de quem somos, para que consigamos estar conscientes do nosso valor intelectual e dos nossos limites. Encontrar esta autoestima é diferente para cada pessoa. E, embora a liderança não consiga controlar as histórias e o autoconceito, podem ajudar os colaboradores a identificar o seu valor através do reconhecimento e agradecimento, encorajando e recompensando as suas ideias e procurando genuinamente as suas opiniões. Estes pequenos atos mostram a qualquer colaborador que o seu conhecimento, experiência, opinião é tida em alta estima.
Limite os acontecimentos incontroláveis
Os colaboradores tendem a sentirem-se mais ansiosos e nervosos quando os projetos e as tarefas são organizados sem aviso prévio, os critérios de avaliação do desempenho mudam frequentemente e sem justificação e o humor da liderança é imprevisível. Ao definir claramente as expectativas e ao manter uma comunicação frequente e bidirecional, a liderança pode reduzir significativamente a ansiedade causada pela indefinição e pela imprevisibilidade.
Crie ligações 1:1
Os colaboradores precisam que os líderes se preocupem, de forma genuína, com eles enquanto pessoas, de modo a estarem atentos às suas necessidades psicológicas - os colaboradores em burnout têm 2,4 vezes mais probabilidade de se sentirem como um simples recurso, do que como uma pessoa. Mas como responder às necessidades de uma pessoa se não se dedica tempo a conhecê-la? Como tal é importante criar oportunidades para se relacionar com os seus colaboradores e estabelecer ligações, mesmo que signifique cometer erros no processo. Crie momentos de descontração, por exemplo, no início das reuniões dedique um tempo para as pessoas falem sobre o que estão a sentir. Esteja atento a todos os sinais e informe-se, por vezes, antes de perguntar, já que nem toda a gente se sente à vontade para falar dos seus sentimentos. Torne seguro dizer “não estou bem”, ao ajudar as pessoas a perceber que não há problema em admitir quando as coisas não são só unicórnios e arco-íris, pode iniciar uma conversa em que as pessoas se sintam menos reticentes em partilhar aquilo com que se estão a debater.
Quer identificar e evitar o burnout no seu local de trabalho?
Para evitar o burnout, o primeiro passo é determinar onde está a acontecer e com quem está a acontecer. Para saber mais sobre quem está em risco de burnout na sua empresa através da nossa plataforma, entre em contacto connosco.
Obtenha reconhecimento pela
cultura da sua empresa
Melhore a experiência da sua equipa na empresa.