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A excelência constrói-se com homens e mulheres

 A excelência constrói-se com homens e mulheres

Celebra-se no dia 8 de março o Dia da Mulher! Estão previstos discursos, manifestações, descontos em lojas, comemorações nas empresas, serão inúmeros os jantares… Mas será que hoje, em pleno século XXI, fará, tudo isto, sentido? Será que não devíamos era instituir o Dia do Ser Humano?

Os números dizem-nos que, infelizmente, ainda, precisamos do Dia da Mulher. Em Portugal, e, no que ao mercado de trabalho diz respeito, as mulheres continuam a ter uma maior taxa de desemprego (7,4% em 2018, face a 6,6% nos homens), a ganhar menos (as mulheres auferem, em média, 824,99€, face aos 990,05€ de remuneração base dos homens), a trabalhar mais horas por dia (mais 1h45m a mais por dia) e são mais afetadas pela precariedade.

Ainda de acordo com a CIG, “as mulheres encontram-se sub-representadas em determinadas profissões e setores de atividade, bem como nas áreas de gestão e em cargos de decisão onde os níveis salariais são mais altos (mesmo em setores nos quais estão relativamente bem representadas)”. Esta desigualdade obrigou, mesmo, o Governo a implementar, recentemente, a lei que obriga à igualdade salarial entre homens e mulheres, sempre que as funções sejam as mesmas.

Com toda esta informação somos obrigados a reconhecer a importância, ainda, nos nossos dias do Dia da Mulher, para pensarmos naquilo que, ainda, nos falta atingir. Não o devemos entender como uma celebração, mas sim como uma tomada de consciência do caminho percorrido e de tudo o que, ainda, temos que mudar.
Na edição de 2019, verifica-se que, nos 25 Melhores Lugares para Trabalhar em Portugal, 47% dos colaboradores são mulheres e 37% dos cargos de chefias são ocupados por mulheres. Salientando-se que o nível de satisfação das mulheres (82%) face ao trabalho está três pontos abaixo do observado nos homens (85%).

Importa, ainda, destacar que são ambientes que avaliam a igualdade salarial, em que existem programas para atração e recrutamento de mulheres para funções tradicionalmente masculinas e em que se observa contratação de mulheres grávidas e com mais de 50 anos. Apresentam, também, programas específicos de formação e de desenvolvimento de carreiras para mulheres. Facilitam, também, a conciliação da vida profissional/familiar através da flexibilidade de horário, o trabalho remoto e a partir de casa, concedem a extensão das licenças de parentalidade, que pode ser seguida do período de férias, garantindo nas suas instalações salas de amamentação e/ou um espaço para levar os filhos para o escritório.

Reconhecendo tudo o que falta fazer e tendo em consideração a sua missão, que é construir uma sociedade melhor ao contribuir para a excelência dos ambientes de trabalho das organizações, é nosso propósito fazer com que todas as organizações do mundo sejam um Great Place to Work®For All. O Great Place to Work®Portugal irá reconhecer, no ano em que faz 20 anos em Portugal, os Best Workplace for Women. Destacaremos, assim, as organizações mais atrativas para as mulheres desenvolverem a sua atividade profissional. Para além dos critérios quantitativos (ex. n.º de colaboradoras, n.º de colaboradoras em posição de chefia e satisfação), estas organizações terão que se reger por um conjunto de políticas e práticas de excelência direcionadas para o público feminino.

O Great Place to Work®Portugal cumpre, com mais este reconhecimento, a sua missão que é “construir uma sociedade melhor ao contribuir para a excelência dos ambientes de trabalho das organizações”. E a excelência constrói-se com homens e mulheres…

 

 

Pode ver este artigo publicado na RH Magazine