É sabido que o número de colaboradores a deixarem as operações, insatisfeitos com o seu papel na organização, tem vindo a aumentar. As empresas que saírem na frente alinhando o seu propósito e o da sua equipa estarão em vantagem. Great é propósito!
Nos últimos anos, ao longo dos estudos realizados e em parceria com os departamentos de recursos humanos conseguimos provar que o sentido de propósito afeta diretamente a performance. O desejo das pessoas é alimentado pelo sentido de pertencer a algo “maior”, algo que inspira inovações e processos melhores.
Um estudo da consultora McKinsey, demonstra que 48% dos colaboradores ouvidos disseram que deixariam o seu emprego, não para um concorrente da sua indústria, mas para uma oportunidade completamente diferente. A notícia é sóbria para os líderes, mesmo que a economia esteja a caminhar para recessão, os colaboradores querem ser parte de algo com significado para si.
A nossa pesquisa em todo o mundo descobriu que a barreira para a inovação, mesmo em organizações com um propósito bem delineado, é que muitas vezes a equipa que está na frente é muito menos impactada por propósito do que as equipas de topo.
E se os colaboradores sentem que não fazem parte da missão e euforia por fazer algo realmente importante, então rapidamente são excluídos da inovação.
Nenhum negócio pode ter sucesso se os melhores talentos baterem com a porta.
Propósito vale mais que lucro
A frase em si, é o dito “grito de guerra” de imensas empresas nos últimos anos, uma vez que os consumidores exigem o melhor das marcas que compram, e os colaboradores e os candidatos exigem o melhor da sua empresa.
Se há coisa, que possamos chamar de bom vindo da pandemia, é o crescimento deste sentimento: “tem que fazer sentido”. Mais de dois anos de incerteza, ansiedade, medo e isolamento colocaram o propósito e a cultura da empresa em maior destaque. As pessoas querem comprar e trabalhar com empresas que reflitam os seus valores pessoais.
E as marcas estão certamente a responder veja-se o exemplo da Patagónia entre tantas outras, e a forma como se têm comercializado aliados ao sinónimo de responsabilidade corporativa. Mas a questão permanece: o propósito no trabalho conduz a melhores resultados empresariais?
Resposta: Depende.
Propósito requer contexto
Por si só, o objetivo pode não ser suficiente. O processo implica que o propósito chegue de forma igual a todos na organização, gestores, lideranças intermédias e a equipa na frente de linha, precisam experienciar propósito de forma igual.
O propósito vem de dentro, não vem da indústria, do modelo de negócio ou se quer da dimensão da empresa. Propósito requer responder a uma pergunta todos os dias: Porque nos levantamos para trabalhar?
É possível medir e melhorar propósito
No que toca a este assunto, parece mais fácil idealizar do que fazer, contudo em 2022 os colaboradores que faziam parte do estudo de clima organizacional Melhores Lugares para Trabalhar em Portugal responderam que o 3º principal fator de permanência era o alinhamento de valores à frente de remuneração e benefícios.
Mas como estas organizações localizaram e fizeram o propósito chegar aos colaboradores?
Com uma comunicação clara, escuta ativa e ações focadas no objetivo “maior” de fazer todos sentirem que cada momento conta. Descubra dia 29 de Março as empresas com os maiores índices de confiança em Portugal.
Great é propósito!